VARIAÇÕES CÍCLICAS NA ECONOMIA BRASILEIRA E RETORNO DO INVESTIMENTO
DOI:
https://doi.org/10.51320/rmc.v23i2.1342Palavras-chave:
Retorno do Investimento, Setores, Teoria dos Ciclos EconômicosResumo
A influência do cenário externo na estrutura econômica e financeira das empresas é um fator fundamental para tomada de decisões. O objetivo desse estudo é identificar se o Retorno do Investimento (ROCE) setorial no Brasil guarda relação com as fases dos ciclos econômicos entre os anos 2000 e 2018. Trata-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa, realizada por meio da identificação dos Ciclos Econômicos pelo PIB Real e pelo teste de mediana de Kruskal-Wallis. A relevância da pesquisa centra-se no aprimoramento das informações contábeis para tomada de decisões, pois os resultados permitem conhecer os setores que apresentam comportamentos cíclicos. Os achados mostram que o ROCE apresentou diferenças significativas nas fases dos Ciclos Econômicos para todos os setores conjuntamente. As evidências encontradas condizem com a literatura de que os ciclos consistem em variações que acabam por afetar todos os setores de uma economia, mas de maneira diferenciada, dadas as particularidades de cada setor. Assim, ao analisar separadamente os setores, foi observado que Construção Civil; Lazer, Cultura e Entretenimento; e Mineração apresentam diferenças significativas, mostrando que os efeitos dos ciclos ocorrem com maior intensidade nesses setores. Dessa forma, gestores, investidores, credores e usuários da informação contábil desses três setores precisam se atentarem às mudanças cíclicas econômicas para tomadas de decisões, visto que no período analisado tais setores apresentaram comportamentos do ROCE conforme as fases dos Ciclos Econômicos, ou seja, esses setores se apresentaram mais vulneráveis do que os demais.
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