DETERMINANTES DA ESTRUTURA DE CAPITAL DAS FINTECHS DE CRÉDITO BRASILEIRAS

UMA ANÁLISE À LUZ DA TEORIA PECKING ORDER

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51320/rmc.v25i2.1504

Palavras-chave:

Instituições Financeiras, Endividamento, Lucratividade, fintech, Pecking Order

Resumo

A união das finanças à tecnologia deu origem às fintechs, um novo modelo de negócio no setor financeiro, caracterizado pela entrega de produtos e serviços 100% digitais e remota. Deste modo, torna-se necessário discutir características desse tipo de instituição financeira, a exemplo dos fatores que estão associados às estratégias de financiamento adotadas pelos gestores. Este estudo tem por objetivo analisar os determinantes da estrutura de capital das fintechs de crédito atuantes no mercado brasileiro, à luz da teoria Pecking Order, com base na literatura e em fontes secundárias de dados. Os dados foram analisados por meio de regressão linear múltipla, utilizando informações anuais das instituições financeiras, coletadas no site IF.data do Banco Central do Brasil. A amostra consiste em 1.135 instituições não bancárias atuantes no mercado de crédito, conhecidas como fintechs de crédito, observadas no período de 2018 a 2023. Os achados sugerem forte capacidade preditiva à teoria Pecking Order, quanto à explicação da estrutura de capital das empresas da amostra. Em linha com a teoria, a relação positiva do tamanho do ativo, assim como a relação negativa da lucratividade, são fatores que guardam estreita relação com a proporção de capital de terceiros nas entidades, confirmando as duas hipóteses levantadas. Essa pesquisa contribui ao preencher a lacuna existente na literatura contábil referente as fintechs e a estrutura de capital, assim como pode contribuir de forma prática para a tomada de decisão de stakeholders desse novo tipo de negócio.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Albanez, T., & Valle, M. (2009). Impactos da assimetria de informação na estrutura de capital de empresas brasileiras abertas.

Revista Contabilidade & Finanças, 20(51), 6-27.

Barros, C. M. (2014). Identificação de Pontos Influentes em uma Amostra da Distribuição de Watson. Dissertação de Mestrado em

Estatística, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE.

BCBS – Basel Committee on Banking Supervision. (2008). Principles for sound liquidity risk management and supervision. Switzerland:

Bank for International Settlements (BIS). Recuperado de: https://www.bis.org/publ/bcbs144.htm.

Brasil. (2018). Resolução nº 4.656, de 26 de abril de 2018. Recuperado de: https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/

downloadNormativo.asp?arquivo=/Lists/Normativos/Attachments/50579/Res_4656_v1_O.pdf

Chevallier, C., & Miloudi, A. (2014). Structure du capital des PME françaises de haute technologie. ISEOR, Recherche en Sciences

de Gestion , (2), 83-100.

Coleman, S., & Robb, A. (2012). Capital structure theory and new technology firms: is there a match? Management Research Review,

(2), 106-120.

Cordeiro, J. P. V. (2019). Fintechs e inclusão financeira no Brasil: uma abordagem Delphi. Dissertação de Mestrado, Escola Brasileira

de Administração Pública e de Empresas, Centro de Formação Acadêmica e Pesquisa. Rio de Janeiro.

Correa, C. A., Basso, L. F. C., & Nakamura, W. T. (2013). A estrutura de capital das maiores empresas brasileiras: análise empírica

das teorias de pecking order e trade-off, usando panel data. RAM. Revista de Administração Mackenzie, 14(4), 106-133.

Dermine, J. (2017). Digital disruption and bank lending. European Economy – Banks, Regulation, and the Real Sector, Ano 3,

Assunto 2, p. 63-76.

Distrito (2023). Distrito Fintech Report 2023. Recuperado de: https://materiais.distrito.me/report/fintech-report#hs_cos_wrapper_

widget_1617378814311_>.

Diemers, D., Lamaa, A., Salamat, J., & Steffens, T. (2015). Developing a finTech ecosystem in the GCC. Dubai: Strategy, 1-16.

Djellali, Y. (2018). La structure du capital des fintechs françaises: la théorie du financement hiérarchique a-t-elle un ecapacité

prédictive de la structure du capital des fintechs françaises?. Gestion et management. Recuperado de: https://dumas.ccsd.cnrs.fr/dumas-

/document

Frank, M. Z., & Goyal, V. K. (2003). Testing the pecking order theory of capital structure. Journal of Financial Economics, 67, 217-

Giaretta, Elisa; Chesini, Giusy (2021). The determinants of debt financing: The case of fintech start-ups. Journal of Innovation &

Knowledge, 6(4), 268-279.

Gil, A. C. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa (4ª ed.). São Paulo: Atlas.

Henrique, M. R., Silva, S. B., Soares, W. A., & Da Silva, S. R. (2018). Determinantes da estrutura de capital de empresas brasileiras:

uma análise empírica das teorias de Pecking Order e Trade-Off no período de 2005 e 2014. Revista Ibero Americana de Estratégia, 17(1),

-144.

Jucá, M. N. (2011). Determinantes da estrutura de capital dos bancos brasileiros e norte americanos. (Tese de Doutorado). Universidade

de São Paulo, São Paulo.

Lai, X., Yue, S., Guo, C., & Zhang, X. (2023). Does FinTech reduce corporate excess leverage? Evidence from China. Economic

Analysis and Policy, 77, 281-299.

Lee, I., & Shin, Y. (2018). Fintech: Ecosystem, business models, investment decisions, and challenges. Business Horizons, 61(1),

-46.

Li, Y., Spigt, R., & Swinkels, L. (2017). The impact of fintech start-ups on incumbent retail banks’ share prices. Financial Innovation,

(1), 26.

Maia, L. L., Castro, M. C. C. S., & Lamounier, W. M. (2018). Determinantes da estrutura de capital das instituições financeiras do

Brasil. In USP International Conference in Accounting (Vol. 18, p. 2018).

Moreschi, R. K., Neuhaus, L., Fischer, A., & Oro, I. M. (2018). Reflexos da crise financeira de 2008 sobre liquidez, capital de terceiros

e rentabilidade dos bancos listados na BM&FBOVESPA. Caderno de Administração, 26(1), jan.-dez./2018.

Myers, S. C. (1984). The capital structure puzzle. The Journal of Finance, 39(3), 574-592.

Myers, S. C., & Majluf, N. S. (1984). Corporate financing and investment decisions when firms have information that investors do

not have. Journal of financial economics, 13(2), 187-221.

Myers, S. C. (2001). Capital structure. The Journal of Economic Perspectives, 15(2), 81-102.

Oliveira, J. F. R., Viana Junior, D. B. C., Ponte, V. M. R., & Domingos, S. R. M. (2017). Indicadores de desempenho e valor de mercado:

uma análise nas empresas listadas na BM&FBOVESPA. Revista Ambiente Contábil, 9(2), 240-258.

Oliveira, L. F. (2018). Determinantes da estrutura de capital de bancos e cooperativas de crédito brasileiras (Dissertação de mestrado).

Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS.

Padoveze, C. L. (2009). Controladoria estratégica e operacional (2a ed.). Cengage Learning.

Philippon, T. (2016). The FinTech Opportunity. National Bureau of Economic Research. Recuperado de: http://www.nber.org/

papers/w22476.pdf

Pinto, A. F., & de Souza Costa, P. (2019). Book-tax differences e estrutura de capital: uma análise à luz da teoria Pecking Order.

Enfoque Reflexão Contábil, 38(3), 111-124.

Qin, J., & Liu, X. (2023). Financing structure, ownership concentration and business performance of financial technology listed

companies. Accounting and Corporate Management, 5(9), 51-60.

Rajan, R. G., & Zingales, L. (1994). What do we know about capital structure? Some evidence from international data (Working

Paper No. 4875).

Sales, S. F., & Carvalho, L. (2018). Avaliação da eficiência e retornos de bancos brasileiros após fusões e incorporações. ReFAE –

Revista da Faculdade de Administração e Economia, 9(1), 2-14.

Sampaio, T. S. L., Pinheiro, A. B., Rodrigues, R. C., & Lameu, E. V. M. (2021). Aderência a teoria Pecking Order pelas firmas brasileiras:

uma análise multisetorial. Revista Ambiente Contábil, 13(1), 151-180.

Santos, M. V. B. dos, Ely, R. A., & Carraro, A. (2020). Regulamentação das fintechs e seus efeitos nas atividades dos bancos comerciais.

In Anais do Congresso ANPEC, Evento on-line, Brasil.

Silva, A., Santos, J. F. dos, Ramos, R. S., & Freitas, M. A. L. (2019). Determinantes da estrutura de capital dos bancos brasileiros.

Revista de Gestão, Finanças e Contabilidade, 9(2), 59-76.

Tani, B. B., & Albanez, T. (2016). Decisões de financiamento das companhias listadas nos diferentes segmentos de governança da

BM&FBovespa segundo a teoria de Pecking Order. Contabilidade, Gestão e Governança, 19(2), 317-334.

Vanacker, T. R., & Manigart, S. (2010). Pecking Order and debt capacity considerations for high-growth companies seeking financing.

Small Business Economics, 35(1), 53-69.

Zarruk, H., El Ghak, T., & Bakhouche, A. (2021). Exploring economic and technological determinants of fintech startups’ success

and growth in the United Arab Emirates. Journal of Open Innovation: Technology, Market, and Complexity, 7(1), 50.

Walchek, S. (2015). The unbundling of finance. TechCrunch. Recuperado de: https://techcrunch.com/2015/05/29/the-unbundling-

of-finance/

Wolf, A. P. (2020). Evolução estrutural do mercado brasileiro de produtos e serviços financeiros do ano de 2008 a 2018 e avaliação

da maturidade dos novos entrantes (Dissertação de mestrado). Universidade Federal do Paraná.

World Bank. (2017). Payment systems and remittances. Recuperado de: http://www.worldbank.org/en/topic/paymentsystemsremitences

Downloads

Publicado

2024-08-30

Como Citar

Santa Rosa Guimarães, K., & Rios Sena, T. (2024). DETERMINANTES DA ESTRUTURA DE CAPITAL DAS FINTECHS DE CRÉDITO BRASILEIRAS: UMA ANÁLISE À LUZ DA TEORIA PECKING ORDER. Revista Mineira De Contabilidade, 25(2), 8–19. https://doi.org/10.51320/rmc.v25i2.1504

Edição

Seção

Artigos científicos: