A PRESENÇA DE MULHERES NO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO MITIGA A SUAVIZAÇÃO DE RESULTADOS?
UMA ANÁLISE DE EMPRESAS BRASILEIRAS
DOI:
https://doi.org/10.51320/rmc.v24i1.1417Palavras-chave:
Gênero, Suavização intencional dos resultados, Uso intencional de reservas de compensaçãoResumo
O presente trabalho buscou analisar a influência da presença de mulheres no conselho de administração na suavização intencional dos resultados. A amostra foi composta por 126 empresas que totalizaram 737 observações, ao considerar informações anuais de 2013 a 2018, que foram analisadas por meio da regressão de dados em painel. Foram utilizadas duas métricas de suavização de resultados que constam no trabalho de Lang, Lins e Maffett (2012). Os resultados indicaram que um terço das empresas analisadas não possuem nenhuma mulher como membro do conselho em nenhum dos períodos analisados. Além disso, a média da proporção de membros do gênero feminino foi de 9,52%. Encontrou-se que o aumento da proporção de membros do gênero feminino no conselho de administração não está relacionado com a suavização intencional dos resultados, mas reduz o uso intencional de reservas de compensação. Ou seja, apenas quando os gestores realizam a compensação de ações de manipulação dos resultados que foram praticadas em períodos passados para diminuir a oscilação do resultado do período atual. Assim, contribui-se com a prática contábil de que a diversidade de gênero pode ser um fator que aumenta a eficiência do conselho de administração no monitoramento dos gestores quanto a práticas oportunistas.
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